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Isenção do imposto de renda corrige "injustiça tributária", diz Haddad
Ministro da Fazenda participou hoje de audiência pública no Senado
Radioagência Nacional - Por Priscilla Mazenotti
Publicado em 14/10/2025 17:32
Noticias
© Lula Marques/ Agência Braasil.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a falar em justiça tributária e em neutralidade fiscal. Segundo ele, a proposta que isenta do pagamento de imposto de renda quem ganha até R$ 5 mil por mês e cria uma tributação gradual para quem ganha acima de R$ 600 mil por ano, corrige distorções.

“Trata-se de um projeto que não tem nenhum tipo de viés arrecadatório ou de aumento de isenção. Ele é neutro do ponto de vista fiscal, mas ele corrige uma injustiça tributária dramática no Brasil.”

A declaração do ministro foi feita durante a audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. O secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, também participou e lembrou que esse projeto, que foi aprovado por unanimidade na Câmara no início do mês e é prioridade no Senado, traz equilíbrio.

“Esse equilíbrio que é feito da isenção, por um lado, com a compensação pela tributação mínima, uma tributação muito baixa de até 10% apenas, para aquelas pessoas que ganham, em média, mais de R$ 1 milhão por ano, é uma medida que traz esse equilíbrio, traz essa justiça.”

Ajustes orçamentários

A ida de Haddad ao Senado ocorreu uma semana depois da Câmara ter deixado a MP do IOF perder a validade. Com isso, o governo agora estuda cenários para ajustar o orçamento do ano que vem para compensar a perda de arrecadação com a não aprovação da medida provisória.

Brasília - 14/10/2025 -O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Em debate, o projeto de lei (PL 1.087/2025) do governo que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil. Foto: Lula Marques/ Agência Brasil.
Brasília - 14/10/2025 -O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Em debate, o projeto de lei (PL 1.087/2025) do governo que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil. Foto: Lula Marques/ Agência Brasil. - Lula Marques/ Agência Braasil.
 

Haddad afirmou que vai conversar com o presidente Lula para levar um cardápio de opções. E que sim, as bets deverão ser taxadas. É o combate aos privilégios, segundo Haddad.

“Porque assim, toda atividade econômica é tributada. Todos os empresários, todo mundo contribui com a sua justa parte para o orçamento público. E aí, o ônus recai ao poder público que é corrigir uma distorção? Vão tributar as bets? Sim! Porque todos nós pagamos tributos. E quando alguém escapa, isso faz recair sobre e toda a sociedade, o que está sendo desonerado de um determinado setor.”

Cortes podem passar de R$ 7 bi

O relator da proposta do Imposto de Renda, o senador Renan Calheiros, criticou a derrubada da MP do IOF pela Câmara, medida, segundo ele, que beneficia bancos, betes e bilionários.

“Contra a tributação de uma minoria que pouco ou nada pagam de imposto de renda, os chamados BBBs, bilionários, bancos e bets. Há, sem dúvida nenhuma, senhor presidente, um inegável rebaixamento da agenda prioritária do país, que deveríamos expressar como prioritária em uma democracia representativa.”

A equipe econômica vai conversar com o presidente Lula ainda esta semana para tratar do assunto. Reuniões com líderes da Câmara e do Senado também estão previstas.

O ministro Fernando Haddad não descartou cortes no orçamento de 2026 que podem passar de R$ 7 bilhões, dependendo do cenário e das negociações a partir de agora.

Fonte: Radioagência Nacional
Esta notícia foi publicada respeitando as políticas de reprodução da Radioagência Nacional.
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